Quinta, 25 de Abril de 2024




 Paralelo e intermediário

Esta publicação faz uma breve descrição das ligações paralelo e intermediário utilizadas na iluminação residencial para o acionamento de uma lâmpada ou ponto de luz em mais de um interruptor.


A ligação simples:

Só para servir de base inicialmente apresentamos o circuito da uma ligação simples, onde é utilizado apenas um interruptor para acionar a lâmpada:




Nas ligações residenciais comuns, normalmente monofásicas 110V/127V, existem dois fios de alimentação: O Neutro, que é aterrado na concessionária de energia, e o Fase, que é o elemento ativo ou o que "dá choque".

Note que a fase é normalmente conectada ao interruptor. Assim, quando a luz está desligada, não há fios ativos ligados na mesma e não há riscos de choque elétrico, numa possível substituição da lâmpada, por exemplo.


Ligação paralelo convencional:

Através da ligação paralelo é possível colocar dois interruptores (paralelos) para acionar uma lâmpada. A ligação convencional pode ser vista abaixo:




Note que a característica de desligar a fase através do interruptor é mantida.


Ligação intermediário convencional:

Através da ligação intermediário é possível colocar três ou mais interruptores para acionar uma lâmpada. A ligação convencional para três interruptores pode ser vista abaixo. São utilizados dois interruptores paralelos e um intermediário que é, na realidade, um inversor:




É possível acrescentar quantos interruptores intermediários forem necessários para fazer o acionamento em mais de 3 pontos, como pode ser visto abaixo:





Ligação paralelo não convencional (ou econômico)

Existe um outro tipo de ligação paralelo que chamamos aqui de "não convencional", que tem uma vantagem e uma série de desvantagens em relação ao paralelo convencional. O esquema pode ser visto abaixo:




A vantagem desta ligação é a simplicidade de conexões. Como normalmente já temos fase e neutro em quase todos os pontos, basta acrescentar um único fio de cada lado e o paralelo já está pronto. Quando não se tem espaço para passar muitos fios isso pode ser bom.

PORÉM existe uma série de desvantagens/observações que devem ser conhecidas por quem se arriscar a usar este tipo de paralelo:
  • Quando a lâmpada está apagada, ela está conectada em ambos os lados ao Neutro ou em ambos os lados a Fase. E ESSE é o problema: Na última situação, com a lâmpada desligada, AMBOS os fios estão conectados ao elemento ativo, podendo eletrocutar quem for substituir uma lâmpada;

  • Note que entram Fase e Neutro em ambos os interruptores. É necessário que ambas as conexões de fase sejam feitas com A MESMA fase! Se houver uma conexão a outra fase fornecida pela concessionária, entrará 220V na lâmpada quando ela deveria estar apagada;

  • Mais que isso, é interessante que ambas as conexões de fase utilizadas venham do mesmo circuito elétrico (alimentadas pelo mesmo disjuntor). Se elas pertencerem a circuitos diferentes, quando um deles estiver desligado, este poderá receber alimentação pelo circuito do paralelo, o que é muito perigoso, pois um circuito considerado desligado estará eletrificado;

  • Por último, note que fase e neutro entram simultaneamente no interruptor. É muito difícil de acontecer, mas se houver uma pane mecânica no interruptor e a tecla "aterrizar", haverá um curto-circuito! Portanto neste caso vale muito mais a regra básica de uma instalação elétrica: Use fios de bitola compatíveis com a potência do disjuntor, para que o mesmo consiga ser desarmado no caso de um curto.



O intermediário não convencional:

Pode parecer muito estranho, mas é possível fazer uma ligação de 3 ou mais pontos com o paralelo não convencional, como pode ser visto abaixo:




Interruptores intermediários adicionais podem ser acrescentados nas extremidades aumentando o número de pontos de acionamento.

Todas as observações do paralelo não convencional citadas acima são válidas também para este caso.


¤ Links Relacionados:
- Padrão de Tomadas Elétricas
- Economia de energia elétrica